Põe os olhos
No mundo.
Descortina
Retina
E lona de circo!
Nem picadeiro,
Nem palhaço:
Menina.
E lá vai ela
Toda enfeitada
Se exibindo
(Envergonhada)
Com medo
De cair
A Menina dos olhos
Com lágrimas
Trapezistas
Fotografa os cachos
Da criança tagarela
Que achando graça,
Se vai.
E no sorriso da criança,
Desconcentra-se.
Escorrega.
Agarra-se aos cílios
E faz das pálpebras
Contenção.
Num desencontro
De movimentos,
A Menina solta
As lágrimas
E as observa
Muito lentamente,
Encontrarem o chão.
Nem Menina
Nem trapézio:
Fecha as cortinas
E pelas retinas
Enxerga
(embaçado)
O mundo
* A foto é da amiga trapezista (linda) Graci que, mundo afora, encanta com sua graciosidade e malabarismos. O poema é pra uma certa criança tagarela que sempre faz lágrimas trapezistas escorregarem da Menina de meus olhos...
0 comentários:
Postar um comentário