É na boca que eu sinto o mundo
e na saliva que vou sorvendo a vida,
sentindo o doce da chuva,
o amargo do medo
e o acre da paixão.
A vida se faz na boca,
enquanto a língua cata pelos cantos
tudo o que lhe apetece e sobeja.
Com os lábios,
aprendo tudo o que lhe é suor
e percorro tuas fontes,
até que eu seja a saliva
e te umedeça
e te dissolva
e te seja riso,
suor e gozo.
Edição de janeiro 2025
Há 2 meses
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