No princípio era o verbo.
E o verbo se fez poesia
para contentamento
de Cecílias e Drummonds
que habitavam os
Jardins das Memórias
e pairavam tranquilos
sobre as folhas
sem linhas ,
sobre as folhas
sem letras,
sobre as folhas
sem pontos,
dos jacarandás do paraíso.
E tendo sido despertado
ao primeiro sol da manhã,
espreguiçando-se sobre
o verbo – matéria prima –
criou o Poeta a rima
e viu que era bom,
e viu que era dom,
e viu que era sublima.
E o Poeta criou as estrelas
e colocou-as no céu.
Uma a uma, deu-lhes brilho,
cor, polimento.
Depois,
fazendo separação
de estrofes e linhas
No papel,
contou emocionado
as belezas que jaziam
no firmamento.
E viu o Poeta
que era canção,
que era verso
trova,
encantamento.
E o Poeta criou flores
Sapos
Sorrisos
Joaninhas.
Criou vento,
Chuva
Arco-íris
Criança
Marianinha.
Criou onda,
Criou fruto,
Criou luz
Criou o breu.
E voltando a ser verbo,
num poema sem
Métricas,
Endereçou-se a Deus.
E abrindo o envelope,
Deus ficou maravilhado
com a obra do Poeta
que agora lia.
E para contemplação de
Clarisses e Manoeis,
de Ruths, Fernados e Marias;
Para êxtase dos sentimentos
mais profundos,
Deus aquarelou e
publicou a obra
e na capa do livro escreveu:
antologia poética: MUNDO.
1 comentários:
Ah...joaninhas. =)
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